As Máscaras de Mirrormask

As Máscaras de Mirrormask

Este artigo na verdade é uma longa divagação sobre uma pergunta feita por uma leitora do Ao Sugo. Provavelmente após ter visto o filme Mirrormask, de Dave McKean e Neil Gaiman, se perguntou sobre as várias máscaras que a protagonista Helena Campbell usa durante a narrativa (fora as máscaras que os outros personagens estão usando a todo momento). A pergunta me fez pensar, até que demorei 3 dias para tentar responder a questão, sendo mais uma idéia solta aqui em Ithildin.

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Proseando com a Morte

Proseando com a Morte

Boa noite, senhores leitores incautos que buscam no Ao Sugo um artigo novo para ler. É sempre um tédio a parte em que começamos os artigos nos desculpando pela ausência de alguns dias no blog, sempre justificadas pelos compromissos individuais e a preguiça.  É, sinto muito, que bom ainda que estou sendo sincero: para escrever as asneiras que vocês gostam tanto de ler aqui no Ao Sugo é necessário um mínimo de inspiração e, todos sabemos, não é todo dia que encontramos uma fada minúscula no meio do bosque como em O Labirinto do Fauno… Mas nesse último fim de semana eu encontrei (ou reencontrei) uma personalidade notável que mereceria todos os artigos do Ao Sugo juntos, a Morte, dos Perpétuos.

“Quando a primeira coisa viva
existiu, eu estava lá esperando…
Quando a última coisa viva morrer,
meu trabalho estará terminado…
Então, eu colocarei as cadeiras
sobre as mesas, apagarei as luzes,
e fecharei as portas do universo,
enquanto o deixo para trás…”

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Reflexões Oníricas

Reflexões Oníricas

Olá a todos vocês. Mais uma vez, não preciso me alongar muito sobre o filme Mirrormask, uma vez que nosso caro amigo Marquinhos já lhes trouxe um post bastante sincero sobre o filme de Gaiman e McKean (aliás, aviso-lhe já: se quer entender este artigo, leia o do Marquinhos primeiro). Caso vocês não tenham notado, tenho também colocado meus posts sobre os dois artistas– primeiro sobre Coraline, livro de Gaiman e várias ilustrações de Dave McKean no Ao Sugo e, confesso, não é sem razão: sou fã incondicional destes dois que conseguem exprimir tão bem em seus dois meios de arte distintos (hum, aí já não sei se são distintos, tem gente que vê poesia em uma prancha de Chagall, uma pintura em uma música de Debussy e por aí vai… AH, mas você entendeu, oras).

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Mirrormask

Mirrormask

Era no mínimo razoável deduzir que a união de Neil Gaiman, famoso roteirista de quadrinhos e romancista, mais conhecido no Brasil por Sandman, e Dave McKean, brilhante ilustrador e artista plástico, continuaria a render bons trabalhos. Sempre foi assim, com Sandman, com Mr. Punch, Violent Cases ou outros trabalhos dos dois. Graças à temática de fantasia e de sonhos tão elevada em grau de importância por Gaiman e magnificamente tornada visível por McKean, com Mirrormask não poderia ser diferente. Aqui no Brasil o filme saiu sob o péssimo nome de Máscara da Ilusão; provavelmente porque quem deu o nome não entendeu bulhufas do enredo inteiro. Não bastasse a estória extremamente bem enredada e sensível de Gaiman, McKean transforma a película numa entidade viva e maravilhosa, dando um visual espetacular a cada cena. É como ver, em movimento, uma das artes de Dave McKean: uma pintura viva.

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Coraline

Coraline

Olá mais uma vez a todos vocês. Gostaria de começar este tópico com uma pergunta: vocês já leram Alice no País das Maravilhas e, melhor ainda, Alice no País do Espelho (ok, eu sei que a tradução não condiz realmente com o nome original, Through The Lookiing-Glass, fazer o que…)? Bom, aos que leram, muito bons, não são? Criados por Lewis Carroll no século XIX, o primeiro foi uma história – alucinante – contada numa tarde para a pequena Alice Liddell, ambientado num país dos sonhos em que encontrava Largartas Gigantes fumando um narguilé, Dodôs e outros animais correndo sem parar em volta de uma pedra, um ratinho muito temperamental contando uma história no mínimo esquisita e, para não esquecer, personagens cativantes (malucos) como o Gato de Cheshire, o Coelho Branco, a Lebre e o Chapeleiro Louco e a Rainha de Copas… Demais.

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