Frequências de Saudações Abertas.
Décadas e mais décadas se passaram até que os videogames alcançassem a qualidade e o primor gráfico, estético e narrativo a ponto de transformarem toda a indústria do entretenimento contemporâneo, sobrepujando o poderio de Hollywood em centenas de milhares de dólares todos os anos. O mesmo pode ser observado em todos os jogos já lançados para a franquia Jornada nas Estrelas, como que apresentando e refletindo as tendências das últimas décadas.
Lembro-me que o primeiro videogame que tive de Jornada nas Estrelas era para Windows 3.11 (ok, reconheço que já era muito avançado perto de tantas outras raridades anteriores para MS-DOS), consistindo em um demo no qual a USS Enterprise 1701 (a original, da Série Clássica) navegava por um espaço muito parecido com o Campo Minado. Era de uma tristeza sem tamanho dadas tantas limitações tecnológicas, porém, era um ponto de contato com o que eu assistia na TV quando pequeno.
Em 2017 a Ubisoft lançou o memorável Star Trek Bridge Crew, se aproveitando da tecnologia de Realidade Virtual com o uso de acessórios como o Oculus Rift e similares. Na cadeira do Capitão ou como membro do staff sênior da Ponte de Comando, a imersão no universo de Jornada nas Estrelas ganharia novas formas e ultrapassaria sonhados limites que habitavam a minha imaginação há tantos anos atrás.
Desenvolvido para o jogo em equipe, cada jogador assume um personagem da Ponte de Comando da USS Aegis NX-1781 (da versão de J.J. Abrams para a franquia) ou então, para o deleite dos fãs mais ardorosos, da USS Enterprise NCC-1701 (chutando a bunda daquele demo que eu tinha para Windows 3.11). Numa nova expansão, agora é possível comandar a tão sonhada USS Enterprise NCC-1701-D de Star Trek – The Next Generation.
Quando pequeno eu sentava na poltrona da sala de TV de casa imaginando estar na Poltrona do Capitão Jean-Luc Picard, colocando os controles remoto em cada braço como se acionasse os escudos defletores ou carregasse os bancos phaser. Nem preciso dizer o quão emocionado fiquei ao ter acesso à poltrona original, só que num ambiente virtual. Star Trek Bridge Crew reconstitui nos mínimos detalhes as pontes das naves tão queridas da televisão, garantindo horas e horas de diversão ao realizar desde missões de rotina, pesquisa e até mesmo conflitos com naves inimigas.
Com a tecnologia IBM Watson implantada no jogo, é possível dar ordens por comando de voz aos demais tripulantes controlados por AI. Além de estar na Ponte da Enterprise D, a nave ganha vida simplesmente dizendo Engage para a iniciar a velocidade de Dobra, dentre tantas outras possibilidades vocais. Quando jogado no modo single-player, Bridge Crew exige do jogador o conhecimento completo das funcionalidades de cada nave, sendo ele o responsável pela distribuição das ordens e pelo pleno funcionamento de tudo diante das mais variadas adversidades.
Já o modo multiplayer, com jogadores reais, a equipe deve funcionar como um todo orgânico para o sucesso das missões, devendo cada jogador conhecer e executar com primor o seu posto de trabalho, seja como Capitão, seja como Navegador, Oficial de Operações ou então controlando a Engenharia. Velocidade e engajamento são indispensáveis para o sucesso, realizando vários sonhos dos fãs fervorosos de Jornada nas Estrelas de poder fazer parte da tripulação da Série Clássica, da Nova Geração ou mesmo da USS Aegis, uma nave estelar desenvolvida exclusivamente para o jogo.
Bridge Crew está disponível para Windows e Playstation 4, não necessitando, ao contrário do que muitos pensariam, de acessórios para . As atualizações recentes permitem aos jogadores que controlem aRealidade Virtual nave e suas funções pelo teclado e/ou controller. Acompanhe o Ao Sugo para outras novidades sobre este jogo memorável e, caso já esteja jogando, não hesite em deixar seus comentários ou, quem sabe, me adicionar para participarmos de uma partida juntos.
Frequências de Saudações Encerradas.
Victor Hugo