Olá mais uma vez a todos vocês leitores do Ao Sugo e já peço desculpas pela ausência, justificada por uma série de compromissos aqui. Mas pois bem, venho aqui inspirado para escrever este artigo em plena madrugada, às 3:15 da manhã, logo após ter assistido, finalmente, Stardust. Bom, para aqueles que não conhecem, Stardust foi escrito por Neil Gaiman e ilustrado por Charles Vess nos anos 90 do século passado, fugindo bastante de outras de suas obras consagradas como Sandman, Noites Sem Fim, Mirrormask ou mesmo Coraline, que ganhará sua versão na telona muito em breve (isso para dizer dos sucessos que chegaram aqui no Brasil né, porque se formos considerar sua produção lá fora, teríamos outro artigo).
Mas, continuando, fico feliz em ter assistido este filme, uma história de fantasia para adultos (não, não tem sexo explícito nem discussões filosóficas demasiado profundas, mas a trama é intrincada e requer um pouco mais de atenção) e que reúne tudo de bom e do melhor do gênero fantástico, começando pela ambientação, num mundo encantado conhecido como Stormhold e que ficaria muito, mas muito próximo de Faerie (para quem não sabe, o reino das fadas… “eita nóis”, vai se informar, pelo amor da deusa e faça um favor a si mesmo) e separado da Inglaterra apenas por um muro (e isto é interessante: imagine algum lugar que tenha visitado que não tenha ficado tentado em descobrir o que existia por detrás de um muro alto?), além de navios voadores repletos de piratas (com um capitão bastante peculiar chamado Shakespeare), unicórnios, bruxas em busca do elixir da vida (sendo a mais terrível, Lamia, interpretada por Michelle Pfeiffer, imperdível, já conhecida de nós do gênero por ter vivido a águia Isabeau d’Anjou em Ladyhawke – O Feitiço de Áquila), uma história de príncipes na disputa pelo poder e, dando um tom bastante interessante no gênero da Fantasia, uma história de amor entre um rapaz tão comunzinho como eu com uma estrela, isso mesmo, uma estrela cadente. Detalhe: tudo isso narrado pelo Sir Ian McKellen! É… se você não assistiu ainda ou não leu o livro, não sei mesmo o que está esperando…
Outro filme de fantasia que saiu faz pouco tempo é o primeiro da trilogia His Dark Materials, do inglês Philip Pullman, A Bússola de Ouro, tendo como atores de peso Nicole Kidman, Daniel Craig, Eva Green e com outro universo fantástico bastante atraente, com navios voadores pilotados por Aeronautas Cowboys, ursos polares falantes, de armaduras e bastante orgulhosos e honrados e, o mais importante, a disputa pela verdade (entenda, aqui a disputa pelo poder é muito mais séria: disputa-se PELO discurso da verdade!) entre o Magistrado, um Estado totalitário parecido com a Igreja e cujo senso positivista é bastante deturpado pela doutrina religiosa contra os ciganos e as demais pessoas que se opõem ao sistema opressor. Pena que saiu apenas o filme número 1, o que já me motivou a comprar o primeiro livro da trilogia, mas já deu para termos uma prévia do que vem por aí, uma trilogia pesada da New Line (a mesma que fez The Lord of The Rings), sendo que não podemos negar em nenhum momento que o que não falta aqui é capricho!
Enquanto a Paramount fica com Stardust, a New Line com a trilogia His Dark Materials, a Disney ataca com Encantada, uma paródia bastante divertida e saudável aos desenhos clássicos da… Disney! Se você está pensando que é uma paródia no tom de Shrek, pode tirar o caval, ops, o Burro da Chuva, está mais do que enganado: Encantada conta a história em desenho animado e live action sobre uma princesa destes desenhos clássicos (cantora, é claro, assim como era a Branca de Neve, a Cinderella, a Bela Adormecida e a Belle e que convida todos os animais, assim como a Cinderella, a costurar, limpar e lavar tudo) que por uma maldição de uma bruxa bastante vaidosa vai parar em New York… Mas se você também acha que ela parou de cantar em NY, pode também esquecer… O Clash entre o mundo encantado da Disney com o mundo real torna a história bastante divertida e como uma homenagem bastante especial aos desenhos deste estilo e aos fãs, em grande parte nós, quando éramos crianças e tudo mais. MAS como pude esquecer, a Disney também está investindo pesado na obra de C.S. Lewis – As Crônicas de Nárnia, saindo muito em breve o segundo filme (na verdade a história do terceiro livro… esses caras que adaptam gostam de zonear tudo) sobre o Príncipe Caspian, porém já temos a oportunidade de assistir e reassistir o primeiro filme dm dvd, O Leão, A Feiticeira e O Guarda Roupa o que, reitero, seria um móvel que eu gostaria mesmo de ter no meu quarto.
A Warner está aí a toda com Harry Potter, agora para soltar o Harry Potter VI – The Half Blood Prince, mas prometo, ele terá um outro artigo no Ao Sugo muito, mas muito em breve. Não tenho o que finalizar: tome vergonha na cara e vá assistir ou ler Stardust. Devemos é mais que ficar felizes com esta ressurreição do gênero fantástico que, até o meio da década de 90 do século passado estava relegado às Sessões da Tarde. Tenha bons sonhos e, como diz uma amiga minha, sonhe com as fadas!
Victor Hugo
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Victor!!!!!!!!!
Nossa, adorei o artigo!
Muito legal…
Eu nem sabia que haviam saído tantos filmes desse genero recentemente… só o Encantada eu tava sabendo…
Mas hj mesmo vou a locadora garimpar algum… me deu vontade de assistir…
Mas a melhor parte de tudo em seu artigo, foi com ctz o “sonhe com as fadas” hauhahauha
Adorei!
Beijos!